“Da obrigação de evitar as ocasiões perigosas”,
de Santo Afonso Maria de Ligório, bispo e doutor da Igreja.
“Quem estiver,
porém, enredado em pecado contra a castidade, deverá, para o futuro, evitar não só a ocasião próxima, mas também
a remota, enquanto possível, porque em tal se sentirá muito fraco para
resistir. Não nos deixemos enganar pelo pretexto da ocasião ser necessária,
como dizem os teólogos, e que por isso não estamos obrigados a evitá-la, pois Jesus Cristo disse: ‘Se teu olho
direito te escandaliza, arranca-o e lança-o de ti’ (Mt 5, 29). Mesmo que
seja teu olho direito deverás arrancá-lo e lançar fora de ti, para que não
sejas condenado. Logo, deves fugir daquela ocasião, ainda que remota, já que,
em razão de tua fraqueza, tornou-se ela uma ocasião próxima para ti.
Antes de tudo devemos estar convencidos que nós,
revestidos de carne, não podemos por própria força guardar a castidade; só
Deus, em Sua imensa bondade, nos poderá dar força para tanto.
É verdade que Deus atende a quem Lhe suplica, mas não
poderá atender à oração daquele que conscientemente se expõe ao perigo e não o
deixa, apesar de o conhecer, pois, como diz o Espírito
Santo, quem ama o perigo perecerá nele.
Ó Deus, quantos cristãos existem
que, apesar de levarem uma vida piedosa, caem finalmente e obstinam-se no
pecado, só porque não querem evitar a ocasião próxima do pecado impuro. Por
isso nos aconselha São Paulo (Fil 2, 12): ‘Com
temor e tremor operai a vossa salvação’. Quem não teme e ousa expor-se às ocasiões perigosas, principalmente
quando se trata do pecado impuro, dificilmente se salvará”.
[Santo Afonso Maria de Ligório, Escola da
Perfeição Cristã,
Petrópolis,RJ: Vozes, 1955, grifos nossos]
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por comentar nosso blog
Abaixo você tem disponível um espaço para partilhar conosco suas impressões sobre os textos do Apostolado Courage. Sinta-se à vontade para expressá-las, sempre com respeito ao próximo e desejando contribuir para o crescimento e edificação de todos.