Olá, caro leitor. A paz de Cristo! Como publicamos no domingo,
hoje damos continuidade a nossa novena para rezar em prol da castidade.
Hoje rezamos pela perseverança dos que vivem a castidade. Faça conosco a meditação
abaixo e não se esqueça de depois rezar o Santo Terço. Um abraço
fraterno e um bom dia para você.
Terceiro dia de oração : pela perseverança dos que vivem a castidade
Dia de São José Cafasso (1811-1860), de Santa Etheldreda (630-679) e de Beata Maria d'Oignies (1177-1213)
Exame de consciência
A castidade deve ser vivida por toda pessoa, segundo sua condição. O solteiro, o celibatário, o religioso e o sacerdote vivem a castidade abstendo-se do sexo. O solteiro abstém-se de sexo guardando-se para o cônjuge com quem fará uma aliança de amor. O celibatário, o religioso e o sacerdote abstém-se de sexo guardando-se para Deus, com quem vivem aquela aliança de amor, enquanto se entregam ao serviço da Igreja. Os casados vivem a castidade pela fidelidade conjugal, que supõe, além da abstenção do sexo com outro, a guarda dos olhos e do coração.
Homens e mulheres que sentem atração pelo mesmo sexo também devem viver a castidade. Assim, enquanto esperam em Deus pela plena maturidade, são chamados pela Santa Igreja a não aderir às práticas homossexuais (objetivamente desordenadas). Aderir a isso é doloroso para muitos desses, especialmente por causa da carência do afeto e, em alguns casos, por causa de injustas discriminações. Porém, pela união da sua cruz à Cruz do Senhor, são chamados a descobrir o consolo e o amor divinos e, assim, a paz e a liberdade das suas almas.
Fora isso, acontece de várias pessoas sofrerem como adictos em pornografia e em masturbação (vícios que adquiriram ao longo da vida e que não conseguem superar, mesmo querendo-o). Porém, para todas as situações, os remédios ensinados pelos santos são estas mesmas três práticas: fuga das ocasiões, jejum e vida de oração. Além disso, para alcançar com mais eficácia a perseverança na castidade, os santos recomendam a frequentação assídua do Sacramento da Eucaristia e a devoção à Santíssima Virgem Maria.
Considerando isso, pensemos em como temos vivido a virtude da castidade:
(1) Tenho perseverado na castidade segundo a minha condição? Tenho contribuido para que outros também vivam a castidade ou tenho sido pedra de tropeço para eles? As palavras que dirijo aos outros os estimula à pureza ou os desvia dela?
(2) Tenho acolhido meus irmãos que sentem atração pelo mesmo sexo e que vivem a castidade? Tenho os apoiado na sua luta ou tenho os desencorajado por palavras contrárias ao ensinamento da Igreja e por gestos de injusta discriminação?
(3) Tenho lutado para superar meu amor próprio? Tenho cultivado castas amizades ou tenho cultivado amizades interesseiras, possessivas e ocasiões de pecado? Tenho amado os outros, servindo-os no que precisam, ou tenho sido egoista, buscando atenção e reconhecimento, sem doação?
(4) Tenho fugido das ocasiões de pecado? Tenho respeitado o jejum nos tempos estabelecidos pela Igreja? Tenho uma vida de mortificação dos meus desejos? Tenho rezado todos os dias e feito da minha vida uma oração? Vou à Santa Missa o mais que eu posso? Tenho amado a Mãe de Deus e buscado o seu exemplo e a sua intercessão?
Leitura breve
Do livro "A Imitação de Cristo", de Tomás de Kempis.
Da escola da paciência e luta contra as concupiscências
1. A alma: Deus e Senhor meu, pelo que vejo, a paciência me é muito necessária; pois são muitas as contrariedades desta vida. Por mais que se procure a paz, não há viver sem combate e sofrimento.
2. Jesus: Assim é, filho, e não quero que busques uma paz isenta de tentações e contrariedades, mas que julgues ter achado a paz, ainda quando fores molestado de muitas atribulações e provado em muitas contrariedades. Se dizes que não podes sofrer tanta coisa, como suportarás, então, o purgatório? De dois males sempre se deve escolher o menor. Para escapar dos suplícios futuros, trata de sofrer com paciência os males presentes, por amor de Deus. Julgas, acaso, que nada ou pouco sofrem os homens do mundo? Tal não encontrarás, nem entre os mais regalados.
3. Dirás, talvez, que eles têm muitos deleites e seguem a sua própria vontade, e por isso pouco lhes pesa a tribulação.
4. Seja embora assim, e tenham eles quanto desejam, mas quanto tempo achas que há de durar isso: Eis qual fumo se desvanecerão os abastados do século, nem lembrança restará de seus prazeres passados. E mesmo, enquanto vivem, não os fruem sem amargura, tédio e temor. Porquanto do próprio objeto de seus deleites muitas vezes lhes vem a dor que os castiga. E é justo que assim lhes suceda que encontrem amargura e confusão nos gozos que buscam e perseguem desordenadamente.
5. E quão breves, quão falsos, quão desordenados e torpes são todos os deleites do mundo! Mas os homens, na embriaguez e cegueira do espírito, não o compreendem; antes, como irracionais, por um diminuto prazer, nesta vida corruptível, dão a morte à sua alma. Tu, pois, filho, não sigas teus apetites, renuncia à própria vontade (Ecl 18,30); deleita-te no Senhor, e ele te dará o que teu coração anela (Sl 36,4).
6. Pois, se queres verdadeiras delícias e receber de mim consolação abundante, despreza todas as coisas mundanas e renuncia a todos os prazeres inferiores, e por recompensa terás copiosa consolação. Quanto mais te apartares do prazer que encontras nas criaturas, tanto mais suaves e eficazes consolações em mim acharás. Não o conseguirás, a princípio, sem alguma tristeza e trabalho na peleja, opor-se-á o costume inveterado, mas será vencido por outro melhor. Revoltar-se-á a carne, mas o fervor de espírito lhe porá freio. Perseguir-te-á a serpente antiga e te molestará, mas tu a afugentarás com a oração e, com o trabalho proveitoso, lhe trancarás a principal entrada.
Oração
Nós Vos pedimos, Senhor Jesus, que
concedais a graça da perseverança na
castidade aos que já a vivem. Pela vossa Bondade, converservai a pureza dos virgens, dos casados, dos sacerdotes e, especialmente, dos que algum dia macularam-se pecando contra ela, mas que, tendo Vos conhecido e se arrependido dos seus erros, emendaram-se e hoje se mantém castos. Inflamai nossas almas com ardente devoção ao Santíssimo Sacramento e à Vossa Santa Mãe. Pedimos-vos também a graça da perfeita caridade, para que amemos nossos irmãos como o Senhor os ama, amparando-os nas suas adversidades e encorajando-os a Vos seguir no caminho do santo calvário. Confiamo-nos à intercessão da Santíssima Virgem, vossa mãe, e
de São José, São Carlos Lwanga, São José Cafasso, Santa Etheldreda, Beata Maria d'Oignies e dos santos anjos da guarda. Isso nós pedimos a vós, Senhor Jesus,
que viveis e reinas pelos séculos dos séculos. Amém.
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