A
Igreja não obriga, aos homens e mulheres com AMS, que procurem uma
"cura", ou seja, que a pessoa desenvolva necessariamente atração
pelo sexo oposto. Ela pede que se viva a santidade. Basta ler o parágrafo 2359
do Catecismo da Igreja Católica.
"As
pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes de autodomínio,
educadoras da liberdade interior, às vezes pelo apoio de uma amizade
desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem se
aproximar, gradual e resolutamente, da perfeição cristã".
Santidade.
O apoio espiritual oferecido pelo Courage, mediante suas Cinco Metas e Doze Passos, visa exatamente esse objetivo. Não somos um apostolado de “cura”.
Necessitamos, sem dúvida, do apoio de psicólogos católicos para que as pessoas
que procuram o Apostolado possam ser auxiliadas a desenvolver plenamente a
auto-confiança, a boa auto-estima, a maturidade afetiva, assim como viver sua
masculinidade (para os homens) ou feminilidade (para as mulheres) de maneira
cristã. O que não implica, como já dissemos, "cura".
Isso não exime a cada um, homem ou mulher que sente atração pelo mesmo sexo, de resistir às tentações, não se deixando levar a praticar atos de homossexualidade, como o próprio Catecismo define. A pessoa que sente atração pelo mesmo sexo deve, sim, evitar pensar e agir com base em uma identidade homossexual; deve procurar superar a carência afetiva, a dependência emocional, para viver de maneira plena e santa. E é essa a proposta de nosso apostolado, com suas metas e passos. Mas, como já dissemos, a Igreja não obriga moralmente ninguém a procurar terapias reparativas, e o Courage não endossa nenhum tipo particular de terapia para reorientação sexual.
Isso significa que o Courage
não apóia que a Psicologia possa desenvolver sadios estudos que visem uma
correta compreensão do fenômeno da homossexualidade e que permitam ajudar as
pessoas com grande conflito interior a buscarem caminhos para descobrir em si alguma potencial atração pelo
sexo oposto ou, ao menos, amenizar a intensidade da atração pelo mesmo sexo? Também não. Nosso fundador, o
padre Harvey, era doutor em Teologia Moral e psicólogo. Em seus livros, em
especial no “The truth about
homosexuality” – “A verdade sobre a homossexualidade”, nosso fundador, ao
mesmo tempo que informa a existência de programas de reorientação sexual,
esclarece que o Courage não desenvolve esse trabalho e nem endossa ou recomenda
que seus membros participem desses programas, deixando a cada um a decisão de
procurá-los ou não.
Neste
ponto, vale ressaltar a distinção feita pelo Padre Harvey entre “cura
espiritual” (que se obtém pela prática da ascética católica) e “cura
psicológica”. Ele demonstra que a primeira não implica na segunda, e que apenas
a cura espiritual é necessária para nossa salvação. Cita o exemplo dos santos,
afirmando que muitos deles, apesar de curados espiritualmente, não foram,
necessariamente, psicologicamente curados, continuando a sofrer, em alguns
casos, de tendências neuróticas. A Igreja quer que o Courage seja apenas um ministério
que oferece apoio espiritual para que se alcance, além da vivência da
castidade, a principal meta da vida de qualquer homem ou mulher católicos: a
santidade. A santidade é para todos, inclusive para você, homem ou mulher que sente atração pelo mesmo sexo e que, por uma má compreensão de sua inclinação ou por influências externas,
pensa não poder ser santo e feliz se a atração pelo mesmo sexo permanecer em sua vida.
O
homem foi feito para conhecer, amar e servir a Deus nesta Terra, com as cruzes
que tiver de carregar. E há duas maneiras de carregar sua cruz: com alegria ou
com tristeza. O justo se alegra de suas cruzes, pois sabe que elas são motivo
de união com seu próprio Deus, que carregou a cruz por amor a nós. "Essas
pessoas são chamadas a realizar a vontade de Deus em sua vida e, se forem
cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do senhor as dificuldades que podem
encontrar por causa de sua condição" (CIC 2358). Aquele que não é justo se
entristece, pois quer a vida que o mundo oferece, quer fazer a própria vontade
e não a vontade de Deus, que se manifesta de maneiras muitas vezes
incompreensíveis para nós.
Sejam os desafios da atração pelo mesmo sexo ou qualquer outra cruz, Jesus disse que o fardo dele é leve. Não coloque
sobre suas costas um jugo, uma obrigação de cura, que nem Cristo nem a Igreja
pedem a você. A atração pelo mesmo sexo é uma entre tantas outras inclinações desordenadas que
herdamos por sermos filhos de Adão e Eva. Há quem procure pela cura física ou psicológica, mas não devemos nos esquecer da melhor cura: a do pecado. A batalha pela santidade, o carregar a
cruz, durarão a vida inteira. Mas o prêmio do soldado fiel, ao final da
batalha, depois que morrermos, é certo: a posse de nosso Deus, a presença de
sua Mãe Santíssima, a companhia dos anjos e santos. Coragem!
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