Cultivarmos um espírito de companheirismo no qual
todos possamos partilhar,
uns com os outros, nossos pensamentos e experiências
e,
assim, assegurarmos que nenhum de nós
venha a enfrentar sozinho os desafios da
homossexualidade
(COMPANHEIRISMO)
O espelho dos nossos defeitos
A falta de
bondade manifesta-se, entre outras coisas – como vimos –, pela reação que os
defeitos alheios provocam em nós: umas vezes, de impaciência; outras, de
desprezo ou cansaço. E já percebemos que tais reações não são propriamente
“provocadas” pelos defeitos dos outros, mas são “ativadas” pelo nosso egoísmo
ou pelo nosso orgulho.
Não é raro que
um marido se sinta tremendamente aborrecido quando, ao chegar a casa cansado no
fim do expediente, a mulher se dedica a martelar-lhe os ouvidos com uma longa
cantilena de reclamações e lamentos: o elenco das contrariedades do dia. A
reação espontânea do marido é perder o bom humor: “Por que não me deixa em paz?
Será que não compreende que tenho direito a um pouco de repouso após um dia de
trabalho estafante?”
Poderíamos
falar também da impaciência do pai que recebe o boletim do colégio do filho
enfeitado de vermelhos. É natural que esse mau desempenho nos estudos preocupe
o pai e até que o deixe indignado. É lógico que tenha uma conversa menos suave
com o filho. Mas, ao mesmo tempo, seria muito bom que analisasse o seu coração
e se perguntasse: estou reagindo só por amor ao filho, pelo seu bem, ou porque me
humilha que o meu garoto seja dos últimos da classe, e isso projeta uma sombra
no espelho da minha vaidade? Pode muito bem acontecer que o sentimento
predominante seja este último, e então a impaciência é a reação de um defeito
pessoal atingido.
O mesmo
poderíamos dizer quando notamos que possuímos uma grande facilidade para “ver”
que os nossos colegas de trabalho são antipáticos, pouco inteligentes, maçantes
e desleais…, quando, na realidade, o que “não vemos” é que estamos deixando-nos
dominar pela inveja, pois o que nos aborrece é que, apesar de tantos
defeitos que enxergamos neles, estão-se saindo melhor do que nós no trabalho
e tendo maior sucesso.
Quando o
coração é limpo e bom, enxerga as coisas limpas e boas do mundo, especialmente
as coisas limpas e boas dos outros. Se está manchado, projeta a sua sujidade em
tudo.
Se fôssemos
mais humildes e esquecidos de nós mesmos, ao percebermos que as fraquezas e os
erros dos outros fazem saltar como uma mola os nossos próprios defeitos,
começaríamos por tentar limpar esses nossos defeitos.
Veja o que
sugeria Santo Agostinho: “Procurai adquirir as virtudes que julgais faltarem
aos vossos irmãos, e já não vereis os seus defeitos, porque vós mesmos não os
tereis” (Enarrat. in Psalmis, 30, 2, 7).
Vale a pena
tentar essa experiência.
Trecho do
livro de F.F O homem bom-Reflexões sobre a bondade
(o texto original,
de autoria do Padre Faus, pode ser encontrado aqui)
Estou tentando por várias vezes contatos pelo whatsapp, mas ninguém responde, quero ajudar o apostolado aqui na Amazônia onde a teologia da libertação esta forte.
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