Das meditações de "Falar com Deus", do Padre Francisco Fernández-Carvajal.
"A virtude da castidade leva [...] a viver uma limpeza da mente e do coração: a evitar quaisquer pensamentos, afetos e desejos que afastem do amor de Deus, conforme a vocação de cada um. Sem a castidade, é impossível o amor humano, bem como o amor a Deus. Se a pessoa renuncia ao empenho por manter essa limpeza do corpo e da alma, abandona-se à tirania dos sentidos e rebaixa-se a um nível infra-humano: “É como se o 'espírito' se fosse reduzindo, empequenecendo, até ficar num pontinho… E o corpo aumenta, agiganta-se até dominar”. E o homem torna-se incapaz de entender a amizade com o Senhor. [...]
A castidade não é a primeira nem a mais importante das virtudes, nem a vida cristã pode reduzir-se à pureza, mas sem ela não há caridade, e esta, sim, é a primeira das virtudes, a que dá plenitude a todas as outras. Sem a castidade, o próprio amor humano se corrompe. Aqueles que foram chamados a servir a Deus dentro da vida matrimonial, santificam-se precisamente pelo cumprimento abnegado e fiel dos deveres conjugais, que para eles se tornam caminho certo de união com Deus.[...]
Temos que esmerar-nos, por exemplo, em viver até ao pormenor as virtudes do pudor e da modéstia na maneira de vestir, no asseio pessoal, ao praticarmos esporte; negar-nos terminantemente a participar de conversas que não condizem com um cristão; repudiar os espetáculos imorais…; e sobretudo esbanjar alegria à nossa volta, mostrando assim que não somos pessoas recalcadas, reprimidas, mas vemos na castidade um valor de que resultam inúmeros frutos que nos elevam: o ar puro da liberdade, uma maior capacidade de amar, finura de alma, uma generosidade disposta a servir causas nobres…
Temos de proclamar ainda, aos quatro ventos, que a castidade é sempre possível quando se empregam os meios que a nossa Mãe a Igreja vem recomendando há séculos: o recolhimento dos sentidos – sobretudo dos olhos –, a prudência atenta para evitar as ocasiões, a moderação nos divertimentos, a temperança, o recurso habitual à oração, aos sacramentos e à penitência, a recepção freqüente da Sagrada Eucaristia, a sinceridade com o confessor… e, sobretudo, um grande amor à Santíssima Virgem. Nunca seremos tentados acima das nossas forças".
[FERNÁNDEZ-CARVAJAL, Francisco. Falar com Deus, v. 5.
Tempo Comum, 33ª Semana, Sábado. Grifos nossos]
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