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domingo, 22 de setembro de 2013

[Esp] Como combater o pecado venial?

Por muitas vezes nossas mentes estão concentradas em nossos pecados mortais, sejam eles derivados de vícios ou fraquezas. Com certeza devemos nos preocupar, e sempre que possível, o mais rápido confessá-los com o devido arrependimento da alma. Mas, e nossos pecados veniais? Temos combatido e vencido essa luta?

Pelos séculos, a Igreja com seus santos e teólogos sempre nos alertaram da gravidade do pecado venial. Nos dias difíceis que enfrentamos hoje, por vezes não lembramos ou não damos a devida importância a esse tema, escondendo até de nós mesmos nossas faltas. Entre os ensinamentos para combatermos esse mal, citaremos aqui, alguns trechos do livro Vida Espiritual, de Benedikt Baur.  

Primeiramente, devemos entender qual a definição de pecado venial. O Catecismo nos ensina:
"Comete-se um pecado venial quando não se observa, em matéria leve, a medida prescrita pela lei moral, ou então quando se desobedece à lei moral em matéria grave, mas sem pleno conhecimento ou sem pleno consentimento." (CIC § 1862)
O Abade Baur completa: 
"Depois dos pecado grave, o pecado venial é nossa maior desgraça, pior que a morte corporal, que a perda dos bens ou da amizade e benevolência dos homens. Se bem que, na realidade, não nos separe de Deus, pois não nos priva de sermos morada dEle nem nos tira a vida divina e a dignidade de filhos de Deus, priva-nos imediatamente de numerosas graças e impede a expansão da vida divina em nós, ou seja, o aumento da graça santificante e das virtudes sobrenaturais; dificulta a ação da graça, que repele e estiola, de tal modo que esta não pode desenvolver-se onde cresce semelhante planta: envenena o terreno e contamina a atmosfera. Se não tivermos uma ideia clara do que é o pecado venial e do que representa aos olhos de Deus e para nós próprios, seremos levados a considerá-lo de pequena importância e nunca o poderemos vencer."
Meditando nisso, devemos entender a complicada situação que nos encontraríamos ao não confessar os nossos pecados "mais leves". É um descuido com nossa alma não buscar a completa purificação de nossos pecados, e mais ainda, encarar como se eles não nos fizesse mal algum. Então, como podemos evitá-los? Colocamos aqui alguns conselhos de nosso querido abade:
"Outro meio indispensável é a vigilância assídua sobre os sentidos externos, a imaginação, os pensamentos, os desejos, os afetos e os hábitos: "Vigiai e orai para não cairdes em tentação; o espírito está pronto, mas a carne é fraca" (Mt 26,41). Sem uma vigilância contínua, sem a mortificação dos sentidos, do gosto, da língua, da volubilidade, das tendências espontâneas, da susceptibilidade, do ressentimento, do espírito de contradição, do orgulho, da inclinação para a crítica e para o desprezo do próximo, é impossível evitar o pecado. Na oração, pedimos ajuda contra o pecado venial, e fazemos bem; meditamos, recebemos os sacramentos, emocionamo-nos perante o exemplo dos santos; mas, apesar de tudo e de tantas graças, conservamos o hábito do pecado venial e até o cometemos com plena consciência. Que nos faltou? Mortificação e vigilância. À oração é preciso acrescentar o sacrifício."
 "Outro meio imprescindível é a prática consciente das virtudes cristãs, principalmente da virtude da e da virtude cardeal da fortaleza em face do sacrifício que nos exige."
Combater qualquer tipo de pecado nos requer oração. Ao ter uma vida baseada em oração e penitência a nossa alma se fortalece, fazendo com que consigamos ser fortes para seguir em frente. Evitemos ser contaminados, para que cada vez mais estejamos prontos para o Espírito Santo e aptos para ajudar na Santa Igreja. 

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