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quinta-feira, 20 de agosto de 2015

[FH] A masturbação, fonte de imaturidade

[Enquanto muitos dizem que a masturbação é sadia, saudável e fonte de maturidade, sabemos que nada disso não passa de propaganda enganosa dos ideólogos de gênero que querem promover sua agenda que contempla a vivencia de uma sexualidade desordenada.  Mas longe de ser saudável, o Pe. Pedro Trevijano, demonstra que a masturbação é fonte e resultado de uma afetividade imatura] 






Se nos perguntássemos qual é o sentido de nossa vida, não seria uma má resposta a seguinte: amar e ser amados. Porém, para isso precisamos ser pessoas livres.

Ser livre é uma das grandes tarefas ou a grande tarefa da vida. Meu corpo é o órgão de minha liberdade e temos uma liberdade limitada, porém real e suficiente.

Ser livre significa ser capaz de orientar e dirigir nossa vida como nos parece melhor, aplicando nossas forças a uma autêntica tarefa, em que intervêm minha responsabilidade e meus valores religiosos e morais, pois a liberdade não consiste em fazer o que me dá vontade, e sim em ter sucesso no controle de mim mesmo, isto é, de mandar em mim mesmo e nos meus instintos, o que supõe a prática das virtudes, assim como a capacidade me sacrificar.

Minha liberdade só tem um valor positivo se é utilizada para buscar a verdade, fazer o bem e evitar o mal, porque assim é como darei passos a uma maior maturidade e conseguirei minha realização pessoal. Com a enxurrada de sexualidade que nos invade, muitas pessoas consideram que a masturbação não tem importância, ao contrário, é até positiva, como “válvula de escape”, conhecimento de si mesmo, de meu corpo e de expressão da sexualidade. Por trás disso, estão as concepções hedonistas que consideram que o fim da sexualidade é o mero prazer e uma sociedade muito permissiva em relação ela [sexualidade]. Porém, outras pessoas, até as que não são crentes, por exemplo, Lênin, dizem que a incontinência na vida sexual é um sinal de degeneração e que o domínio de si mesmo e a autodisciplina não significam escravidão, e sim, que ambos são necessários para o amor.

A causa fundamental é não ter bem resolvido seu problema afetivo. Quem consegue resolvê-lo, por exemplo, o jovem que está namorando e respeita sua namorada, solucionou ou está em vias de solucionar seu problema. Também ajuda, para além dos meios sobrenaturais, não ficar obcecado com a sexualidade, o melhor caminho é a saída de si mesmo, dedicando-se ao trabalho, ao esporte e à entrega aos outros e compreender que na masturbação falta a abertura da sexualidade ao amor. O ato masturbatório não é evolutivo, e sim, regressivo, porque convertido em atitude permanente, pode colocar em risco o positivo desenvolvimento da personalidade, posto que supõe um exercício da sexualidade em sentido diferente ao que seria o desenvolvimento normal da pessoa.

A atividade sexual genital é ato social, não se pode viver sua riqueza de forma solitária, como o prova o tabu do incesto, que obriga a buscar o companheiro sexual fora do âmbito familiar (e não o parente da própria família) e converte assim a sexualidade em poderoso motivo de relação. A masturbação faz com que a sexualidade, ao invés de estar ao serviço do amor e da comunicação entre as pessoas, dirija-se ao próprio sujeito, encerrando-o em si mesmo, reforçando seu egoísmo, fragilizando sua força de vontade e o domínio de si, e dificultando o caminho a uma maior abertura e maturidade.

Se o jovem se masturba frequentemente, diminui seu incentivo para sair ao mundo exterior (sair de si mesmo), pois descarrega a tensão que o impulsiona a superar seus medos e inseguranças, tanto em contato com as pessoas do seu próprio sexo como também as do sexo contrário. A masturbação se apresenta, principalmente, em períodos de aborrecimento, descontentamento e depressão. O que se faz mais difícil sair de si mesmo e superar seu egoísmo.

Em resumo, a masturbação diária e frequente reduz a capacidade de socialização, mantendo o jovem preso ao seu narcisismo e na permanente imaturidade que afetará todas as áreas da vida dele: pensamento, critérios, formação de opiniões, falta de força de vontade etc. Portanto, quando a masturbação é desejada conscientemente e se está viciado nela, a masturbação é um comportamento moralmente errado que nos escraviza, habituando-nos a uma sexualidade imediata e egoísta que dificulta o domínio dos impulsos, assim como prejudica nosso amadurecimento pessoal e a vida espiritual. O rapaz que tem que lutar contra a masturbação deve compreender que deve superar essa fase, caso queira que sua sexualidade cresça e não continue infantilizada. 

Nos adultos e, muito especialmente nas pessoas casadas, a masturbação tem que ser considerada em razão de sua frequência: quando é passageira, pode significar que por causa das dificuldades que vão unidas a determinadas provações, a pessoa não consegue restabelecer o equilíbrio e se dá “compensações”. Em outros casos, pode ser causada simplesmente por circunstâncias externas (enfermidade, solidão, distância da companheira) não permitem relações sexuais. Quando é habitual, pode constituir um sintoma de quem experimenta dificuldades para se comunicar e, mais concretamente, de quem sofre alguma incapacidade para estabelecer relações em razão de bloqueios psicológicos, é dizer que isso pode ser expressão de certa doença psíquica.

Portanto, a persistência da masturbação em idade adulta é sinal de imaturidade no desenvolvimento pessoal, de egocentrismo e de dificuldades de relacionamento ou como “compensação” às suas frustrações. Como autosatisfação, a masturbação não concorda com o objetivo de uma sexualidade amadurecida. A masturbação escraviza e põem em risco, ao menos, parte de nossa liberdade. Porém, lembremos que sempre continua a possibilidade de manter um pouco o domínio sobre si e de recuperar sua liberdade. 

2 comentários:

  1. Texto dignificante...
    No contexto humano é clara a afirmação de que esse hábito torna-se um vício, geralmente na infância, e geralmente nos aprisiona pelo tempo em que o mantivermos conscientemente ou nos empreendermos em lutarmos contra ele.
    Não é nada fácil, porém não é impossível.
    No princípio a abstinência é violenta, bestial, mas após conscientização de que há uma verdadeira nocividade, como aqui citado, se torna uma luta mais efetiva e fundada.
    Recomendo um curso gratuito do Padre Paulo Ricardo sobre o assunto.
    Fora as frustrações da assunção do celibato laical e demais peculiaridades, com o decorrer do tempo, o enlace a novas amizades desinteressadas, o servir ao irmão, você vai efetivamente enxergando novos significados para a vida...

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  2. Excelente Texto Courage ! O problema da masturbação assola muitos jovens e na maioria das vezes é a porta de entrada para outras imoralidades. Rezemos por todos os nossos irmão que sentem AMS e Também os que padecem do mal da masturnação.

    Salve Maria Purissima !

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