Se nos perguntássemos qual é o sentido de nossa vida, não seria uma má resposta a seguinte: amar e ser amados. Porém, para isso precisamos ser pessoas livres.
Courage International, Inc. é um apostolado da Igreja Católica, fundado em 1980 pelo padre John F. Harvey, presente no Brasil e em outros países, que oferece apoio pastoral a homens e mulheres que sentem atração pelo mesmo sexo e que tenham escolhido viver uma vida casta. Em 28 de novembro de 2016 Courage International recebeu o status canônico na Igreja Católica de associação pública clerical de fiéis, fazendo-o o único apostolado canonicamente aprovado de sua espécie.
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quinta-feira, 20 de agosto de 2015
[FH] A masturbação, fonte de imaturidade
[Enquanto muitos dizem que a masturbação é sadia, saudável e fonte de maturidade, sabemos que nada disso não passa de propaganda enganosa dos ideólogos de gênero que querem promover sua agenda que contempla a vivencia de uma sexualidade desordenada. Mas longe de ser saudável, o Pe. Pedro Trevijano, demonstra que a masturbação é fonte e resultado de uma afetividade imatura]
Se nos perguntássemos qual é o sentido de nossa vida, não seria uma má resposta a seguinte: amar e ser amados. Porém, para isso precisamos ser pessoas livres.
Ser livre é uma das grandes
tarefas ou a grande tarefa da vida. Meu corpo é o órgão de minha liberdade e
temos uma liberdade limitada, porém real e suficiente.
Ser livre significa ser capaz de
orientar e dirigir nossa vida como nos parece melhor, aplicando nossas forças a
uma autêntica tarefa, em que intervêm minha responsabilidade e meus valores
religiosos e morais, pois a liberdade não consiste em fazer o que me dá
vontade, e sim em ter sucesso no controle de mim mesmo, isto é, de mandar em
mim mesmo e nos meus instintos, o que supõe a prática das virtudes, assim como
a capacidade me sacrificar.
Minha liberdade só tem um valor
positivo se é utilizada para buscar a verdade, fazer o bem e evitar o mal,
porque assim é como darei passos a uma maior maturidade e conseguirei minha
realização pessoal. Com a enxurrada de sexualidade que nos invade, muitas
pessoas consideram que a masturbação não tem importância, ao contrário, é até
positiva, como “válvula de escape”, conhecimento de si mesmo, de meu corpo e de
expressão da sexualidade. Por trás disso, estão as concepções hedonistas que
consideram que o fim da sexualidade é o mero prazer e uma sociedade muito
permissiva em relação ela [sexualidade]. Porém, outras pessoas, até as que não
são crentes, por exemplo, Lênin, dizem que a incontinência na vida sexual é um
sinal de degeneração e que o domínio de si mesmo e a autodisciplina não
significam escravidão, e sim, que ambos são necessários para o amor.
A causa fundamental é não ter bem
resolvido seu problema afetivo. Quem consegue resolvê-lo, por exemplo, o jovem
que está namorando e respeita sua namorada, solucionou ou está em vias de
solucionar seu problema. Também ajuda, para além dos meios sobrenaturais, não
ficar obcecado com a sexualidade, o melhor caminho é a saída de si mesmo,
dedicando-se ao trabalho, ao esporte e à entrega aos outros e compreender que
na masturbação falta a abertura da sexualidade ao amor. O ato masturbatório não
é evolutivo, e sim, regressivo, porque convertido em atitude permanente, pode
colocar em risco o positivo desenvolvimento da personalidade, posto que supõe
um exercício da sexualidade em sentido diferente ao que seria o desenvolvimento
normal da pessoa.
A atividade sexual genital é ato
social, não se pode viver sua riqueza de forma solitária, como o prova o tabu
do incesto, que obriga a buscar o companheiro sexual fora do âmbito familiar (e
não o parente da própria família) e converte assim a sexualidade em poderoso
motivo de relação. A masturbação faz com que a sexualidade, ao invés de estar
ao serviço do amor e da comunicação entre as pessoas, dirija-se ao próprio
sujeito, encerrando-o em si mesmo, reforçando seu egoísmo, fragilizando sua
força de vontade e o domínio de si, e dificultando o caminho a uma maior
abertura e maturidade.
Se o jovem se masturba
frequentemente, diminui seu incentivo para sair ao mundo exterior (sair de si
mesmo), pois descarrega a tensão que o impulsiona a superar seus medos e
inseguranças, tanto em contato com as pessoas do seu próprio sexo como também
as do sexo contrário. A masturbação se apresenta, principalmente, em períodos
de aborrecimento, descontentamento e depressão. O que se faz mais difícil sair de
si mesmo e superar seu egoísmo.
Em
resumo, a masturbação diária e frequente reduz a capacidade de socialização,
mantendo o jovem preso ao seu narcisismo e na permanente imaturidade que
afetará todas as áreas da vida dele: pensamento, critérios, formação de
opiniões, falta de força de vontade etc. Portanto, quando a masturbação é
desejada conscientemente e se está viciado nela, a masturbação é um
comportamento moralmente errado que nos escraviza, habituando-nos a uma
sexualidade imediata e egoísta que dificulta o domínio dos impulsos, assim como
prejudica nosso amadurecimento pessoal e a vida espiritual. O rapaz que tem que
lutar contra a masturbação deve compreender que deve superar essa fase, caso
queira que sua sexualidade cresça e não continue infantilizada.
Nos
adultos e, muito especialmente nas pessoas casadas, a masturbação tem que ser
considerada em razão de sua frequência: quando é passageira, pode significar
que por causa das dificuldades que vão unidas a determinadas provações, a
pessoa não consegue restabelecer o equilíbrio e se dá “compensações”. Em outros
casos, pode ser causada simplesmente por circunstâncias externas (enfermidade,
solidão, distância da companheira) não permitem relações sexuais. Quando é
habitual, pode constituir um sintoma de quem experimenta dificuldades para se
comunicar e, mais concretamente, de quem sofre alguma incapacidade para
estabelecer relações em razão de bloqueios psicológicos, é dizer que isso pode
ser expressão de certa doença psíquica.
Portanto,
a persistência da masturbação em idade adulta é sinal de imaturidade no
desenvolvimento pessoal, de egocentrismo e de dificuldades de relacionamento ou
como “compensação” às suas frustrações. Como autosatisfação, a masturbação não
concorda com o objetivo de uma sexualidade amadurecida. A masturbação escraviza
e põem em risco, ao menos, parte de nossa liberdade. Porém, lembremos que
sempre continua a possibilidade de manter um pouco o domínio sobre si e de
recuperar sua liberdade.
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Texto dignificante...
ResponderExcluirNo contexto humano é clara a afirmação de que esse hábito torna-se um vício, geralmente na infância, e geralmente nos aprisiona pelo tempo em que o mantivermos conscientemente ou nos empreendermos em lutarmos contra ele.
Não é nada fácil, porém não é impossível.
No princípio a abstinência é violenta, bestial, mas após conscientização de que há uma verdadeira nocividade, como aqui citado, se torna uma luta mais efetiva e fundada.
Recomendo um curso gratuito do Padre Paulo Ricardo sobre o assunto.
Fora as frustrações da assunção do celibato laical e demais peculiaridades, com o decorrer do tempo, o enlace a novas amizades desinteressadas, o servir ao irmão, você vai efetivamente enxergando novos significados para a vida...
Excelente Texto Courage ! O problema da masturbação assola muitos jovens e na maioria das vezes é a porta de entrada para outras imoralidades. Rezemos por todos os nossos irmão que sentem AMS e Também os que padecem do mal da masturnação.
ResponderExcluirSalve Maria Purissima !