Courage International, Inc. é um apostolado da Igreja Católica, fundado em 1980 pelo padre John F. Harvey, presente no Brasil e em outros países, que oferece apoio pastoral a homens e mulheres que sentem atração pelo mesmo sexo e que tenham escolhido viver uma vida casta. Em 28 de novembro de 2016 Courage International recebeu o status canônico na Igreja Católica de associação pública clerical de fiéis, fazendo-o o único apostolado canonicamente aprovado de sua espécie.
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sexta-feira, 21 de julho de 2017
[Atld] O que pode fazer uma esposa abandonada por um esposo homossexual?
Alguém escreve ao Pe. Miguel Ángel Fuentes: "Conheço
um casal em que, um bom dia, ele se declarou homossexual e foi morar com outro
homem. Ele segue sendo católico, vai à Missa e comunga todos os domingos
(suponho que se confessa) para, em seguida, voltar para seu parceiro. Isto é
bem visto e permitido pelos católicos. Ela, também católica, quer voltar a
casar-se... mas – horror! – seu dever é esperar por ele! Se se casasse de novo,
construísse uma nova família e criasse os filhos, estaria sob o sinal do pecado
e não seria admitida à comunhão. Realmente estes cânones morais católicos me
parecem um atentado à razão, à moral e aos mais santos princípios da
honestidade elementar sem a qual não pode existir nenhum bem moral nem humano,
nem cristão."
Estimado em Cristo:
Respondo à sua “consulta”,
se é que me pede o parecer. Com todo o respeito ao que você apresenta como
doutrina moral católica, mas tal não é a realidade. Em relação ao caso que
expõe, vejo-me obrigado a particularizar algumas coisas:
1º. A doutrina moral sobre a
homossexualidade pode ser encontrada, exposta sinteticamente, no Catecismo da
Igreja Católica (2357-2359). No essencial ensina: “A homossexualidade designa
as relações entre homens e mulheres que sentem atração sexual, exclusiva e
predominante, por pessoas do mesmo sexo. A homossexualidade se reveste de
formas muito variáveis ao longo dos séculos e das culturas. Sua gênese psíquica
continua amplamente inexplicada. Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os
apresenta como depravações graves, a tradição sempre declarou que ‘os atos de
homossexualidade são intrinsecamente desordenados. São contrários à lei
natural. Fecham o ato sexual ao dom da vida. Não procedem de uma complementaridade
afetiva e sexual verdadeira. Em caso algum podem ser aprovados. Um número não
negligenciável de homens e mulheres apresenta tendências homossexuais
profundamente enraizadas. Esta inclinação objetivamente desordenada constitui,
para a maioria, uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e
delicadeza. Evitar-se-á para com eles todo sinal de discriminação injusta. Estas
pessoas são chamadas a realizar a vontade de Deus em sua vida e, se forem
cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem
encontrar por causa de sua condição. As pessoas homossexuais são chamadas à
castidade. Pelas virtudes de autodomínio, educadoras da liberdade interior, às
vezes pelo apoio de uma amizade desinteressada, pela oração e pela graça
sacramental, podem e devem se aproximar, gradual e resolutamente, da perfeição
cristã”.
2º Tendo em conta a dimensão
pecaminosa do ato homossexual e que a convivência com outra pessoa de mesmo
sexo é ocasião de pecado, o acesso aos sacramentos (Eucaristia e Penitência) é
ilícito e sacrílego enquanto não se dê verdadeira conversão, arrependimento e
intenção séria de por um fim à situação pecaminosa. Pode-se ver sobre isto o
mesmo Catecismo da Igreja Católica (1451). A este tipo de situações em geral
(situações de pecado) refere-se Nosso Senhor Jesus Cristo quando diz: “Se tua mão for para ti ocasião de queda,
corta-a; melhor te é entrares na vida aleijado do que, tendo duas mãos, ires
para a geena, para o fogo inextinguível onde o seu verme não morre e o fogo não
se apaga. Se o teu pé for para ti ocasião de queda, corta-o fora: melhor te é
entrares coxo na vida eterna do que, tendo dois pés, seres lançado à genna do
fogo inextinguível, onde o seu verme não morre e o fogo não se apaga. Se o teu
olho for para ti ocasião de queda, arranca-o; melhor te é entrares com um olho
de menos no Reino de Deus do que, tendo dois olhos, seres lançado à geena do
fogo, onde o seu verme não morre e o fogo não se apaga” (Mc 9,43-48).
3º Por isso, se um sacerdote
absolver em confissão e admitir à comunhão a um fiel que vive no estado que
estamos descrevendo (quer dizer, aquele que não tem a intenção de abandonar seu
pecado), comete ele mesmo um ato pecaminoso. Vai contra a doutrina da Igreja da
qual ele não é dono senão administrador, e certamente não representa a Igreja
ao obrar contra seus princípios. Quando você diz “isto é bem visto e permitido
pelos católicos”, deveria dizer: “pelos maus católicos” ou “pelos católicos que
não sabem bem o que significa ser católico”. Nenhum fiel, nem nenhum sacerdote,
representa a doutrina da Igreja nem Igreja como Esposa de Jesus Cristo quando
obram contra o Magistério da Igreja.
4º A mulher abandonada por
seu marido deve guardar a castidade da mesma forma que o marido que a abandona.
O matrimônio, se foi realizado validamente, é indissolúvel e obriga os dois
cônjuges a exercer a sexualidade dentro do mesmo matrimônio, ou a abster-se
dela. Isto não só é doutrina católica, mas Revelada, como o senhor pode ler em
São Paulo, Primeira Carta aos Coríntios, capítulo 7, versículos 10 e 11: “Aos casados mando, não eu, mas o Senhor,
que a mulher não se separe do marido. E, se ela estiver separada, que fique sem
se casar, ou que se reconcilie com seu marido. Igualmente o marido não repudie
a sua mulher”.
(O teólogo responde: respostas católicas a dúvidas e objeções dos homens do terceiro milênio, do Padre Dr. Miguel Ángel Fuentes, IVE)
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Não existe a possibilidade de anular o casamento de acordo com o Catecismo ? Porque a mulher deve carregar essa cruz ?
ResponderExcluirPrezado(a) irmã(o). Salve Maria! Como diz a própria matéria: "O matrimônio, se foi realizado validamente, é indissolúvel e obriga os dois cônjuges a exercer a sexualidade dentro do mesmo matrimônio, ou a abster-se dela. Não existe "divórcio católico". O que se tem de avaliar é se há alguma causa que invalide o casamento, e aí sim o casamento poderá ser anulado. Mas isso só um Tribunal decidirá. E não somos nós que escolhemos nossas cruzes: Deus as dá. Se foi essa a cruz escolhida para essa pessoa, certamente Deus dará todas as graças das quais ela necessita para se santificar e ir para o céu. Deus abençoe!
Excluir" Não existe servo maior que o seu senhor "
ExcluirSe nos dizemos Católicos, e assim acreditamos na tradição da igreja, não podemos deixar de à cada dia pegar a nossa Cruz e segui-lo , pois como filhos de Deus cremos que fomos feitos para a santidade, porém devido ao pecado original todos nós temos as nossas limitações, sejam elas na área afetiva ( como uma pessoa com tendência homoafetiva ), física ( como alguém com deformidade em algum membro do corpo ) ou até msm intelectual ( como uma criança que nasce com síndtome de down ).