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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

[Mgst] O amor e a sexualidade humana


Alternando com as formações sobre Teologia do Corpo, formações do Magistério da Igreja no tocante à sexualidade. Hoje queremos falar sobre a relação entre o amor e a sexualidade humana.

“O ser humano é chamado ao amor e ao dom de si na sua unidade corpórea-espiritual. Feminilidade e masculinidade são dons complementares, pelo que a sexualidade humana é parte integrante da capacidade concreta de amor que Deus inscreveu no homem e na mulher. A sexualidade é uma componente fundamental da personalidade, um modo de ser, de se manifestar, de comunicar com os outros, de sentir, de expressar e de viver o amor humano. Esta capacidade de amor como dom de si tem, por isso, uma sua ‘encarnação’ no caráter esponsal do corpo, no qual se inscreve a masculinidade e a feminilidade da pessoa. O corpo humano, com o seu sexo, e a sua masculinidade e feminilidade, visto no próprio mistério da criação, não é somente fonte de fecundidade e de procriação, como em toda a ordem natural, mas encerra desde ‘o princípio’ o atributo ‘esponsal’, isto é, a capacidade de exprimir o amor precisamente pelo qual o homem-pessoa se torna dom e — mediante este dom — atuar o próprio sentido do seu ser e existir. Qualquer forma de amor será sempre marcada por esta caracterização masculina e feminina.

A sexualidade humana é, portanto, um Bem: parte daquele dom criado que Deus viu ser “muito bom” quando criou a pessoa humana à sua imagem e semelhança e “homem e mulher os criou” (Gn 1, 27). Enquanto modalidade de se relacionar e se abrir aos outros, a sexualidade tem como fim intrínseco o amor, mais precisamente o amor como doação e acolhimento, como dar e receber. A relação entre um homem e uma mulher é uma relação de amor: A sexualidade deve ser orientada, elevada e integrada pelo amor, que é o único a torná-la verdadeiramente humana. Quando tal amor se realiza no matrimonio, o dom de si exprime, por intermédio do corpo, a complementaridade e a totalidade do dom; o amor conjugal torna-se, então, força que enriquece e faz crescer as pessoas e, ao mesmo tempo, contribui para alimentar a civilização do amor; quando pelo contrário falta o sentido e o significado do dom na sexualidade, acontece uma civilização das ‘coisas’ e não das ‘pessoas’; uma civilização onde as pessoas se usam como se usam as coisas. No contexto da civilização do desfrutamento, a mulher pode tornar-se para o homem um objeto, os filhos um obstáculo para os pais”.

[Pontifício Conselho para a Família, Sexualidade Humana: verdade e significado, § 10-11].

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