Apresentamos aqui a primeira parte do testemunho de um dos nossos irmãos, com a sua devida autorização. Aqui, como nos outros testemunhos, especialmente do nosso irmão Rimont, podemos enxergar, como é destrutiva uma vida sem Deus e como a vida em Deus é fonte geradora de verdadeira felicidade.
Ao mesmo tempo em que é simples
falar a respeito de como se tornou bela a minha vida com Deus, é difícil de
relembrar dos caminhos tortuosos pelos quais passei.
Lembro-me vagamente de minha
infância, onde sempre tive amigos por perto, que em sua grande maioria eram
meninas. Também sei que mesmo que no subconsciente, meus desejos relacionados à atração pelo mesmo sexo (AMS) já nasciam
carregados de malicia. Minhas memórias começaram a se solidificar mesmo a
partir dos 12 anos.
Até então, eu já havia sido
batizado na Igreja Católica, e já havia feito a Primeira Comunhão. Lembro que
meu vício se iniciou nessa idade, e bem no início, minha consciência já me perguntava
se eu iria começar a viver essa vida, se eu tinha certeza de que era isso que
eu queria, pois era uma vida difícil e muito dura. Ignorando esse pensamento,
me deixei levar, o que me causou (e causa) seqüelas até hoje.
Com 14 anos me veio a primeira
experiência, um tanto quanto confusa. Um rapaz que veio de Brasília entrou na
minha sala, e iria começar a se adaptar na minha cidade. Ele demonstrava sempre
um semblante triste, o que me apertava o coração, e me dava vontade de
ajudá-lo. Sempre o via como um irmão.
Aquilo me doía, me corrompia, e foi aí que comecei a freqüentar a
psicóloga da escola. Ela me ajudava, mas meus episódios começavam a piorar. Até
que um dia ela categorizou isso como AMS, não só pra mim, mas para a minha mãe
também. Aquele foi um pré-choque, fazendo com que meus pais me tratassem
duramente, friamente e conseqüentemente me fizesse tratá-los mal também.
Passou o ano, comecei novas
amizades no primeiro ano do ensino médio, e os surtos de AMS já não me
atormentavam mais, era um assunto esquecido. Mas no fim desse ano tudo voltou.
Aquele mesmo sentimento de dó daquela vez desencadeou um sentimento que já deixava
de ser puro. Concluí a catequese de Crisma na época, e perguntei à minha catequista
sobre AMS, sobre o que Deus achava das minhas ações em relação à AMS, se era
lícito ou não. Ela me disse “Deus vai olhar seu coração” e entendi aquilo como
carta livre para praticar isso demasiadamente.
Um ano depois, resolvi ser
transparente com minha mãe. Foi um problema, já que causei muito mal estar à
ela, gerando um início de depressão. Toda essa situação me pesou, como se eu
fosse O culpado. Lembro que me descontrolei demais em uma das discussões,
chegando a gritar e a me auto-flagelar na frente de meus pais.
[continua...]
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