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domingo, 24 de junho de 2018

[Esp] São João Batista, modelo para nossa luta



A Igreja nos apresenta o calendário litúrgico não para que para ele olhemos placidamente e peçamos bens materiais aos santos cujas festas são comemoradas em dias específicos. Os santos nos são colocados como modelos a ser seguidos, cabendo a nós vermos em seus exemplos as virtudes que devemos praticar em nossas vidas, afastando-nos dos ídolos apresentados pelo mundo.

Nós, homens e mulheres que lutam com a AMS, podemos encontrar em São João Batista, cuja festividade celebramos hoje, exemplo para nosso combate? Sem sombra de dúvidas, pois cada santo suscitado por Deus tem muito a nos ensinar, e São João Batista não foge à regra.

1 - AMOR À VERDADE

Assim estabelece a primeira meta do Courage:

“Viver uma vida casta de acordo com o ensinamento da Igreja Católica Apostólica Romana acerca da homossexualidade.”

São João, ao se deparar com o pecado do rei da época, Herodes, que havia tomado por esposa a mulher de seu irmão, não teve meias palavras para com o rei: “Não te é permitido ter a mulher de teu irmão” (Mc 6, 18). Diante do pecado de um rei e diante da lei de Deus, João Batista sabia que a única verdade era a proferida por Deus e que não poderia silenciar diante do pecado público de uma autoridade: enfrentou o rei e terminou por sofrer o martírio por ter anunciado a verdade.

Nossa meta nos convida, claramente, a viver a castidade de acordo com os ensinamentos da Santa Igreja, e não como nos incita o mundo, sem meio-termo, sem contornar os ditames da Mãe Igreja. Essa, mestra e sábia, nos ensina que os atos homossexuais são pecados graves, e que devem ser evitados a todo o custo com os auxílios que a mesma mãe nos dá: direção espiritual sábia, frequência aos sacramentos da Reconciliação e da Eucaristia.

A castidade é, dessa forma, a meta que devemos ter sempre à nossa frente. Mas falamos aqui da verdadeira, não dos ensinamentos de grupos dissidentes ou daqueles do mundo altamente sexualizado em que vivemos. E essa luta, ainda que não nos leve diretamente ao martírio sangrento como o de São João Batista, deve ser vivido constantemente, como um martírio diário, martírio esse que, no entanto, nos levará a gozar da mesma visão que tem agora São João: a visão da Trindade Santíssima, o convívio com o Cristo ressuscitado e com sua Mãe Santíssima.

2 - AMOR À MORTIFICAÇÃO

São João Batista ficou conhecido por pregar o batismo de arrependimento, e sua vida austera dava o exemplo daquilo que pregava.

“Na realidade,  a penitência, a humildade e a obediência são os únicos meios de dar à nossa vida moral toda a sua amplitude. Pela mortificação da carne livramo-nos das exigências escravizadoras da vida animal e damos à vida da alma mais amplo vôo. Pela mortificação da inteligência, isto é, pela humildade intelectual, pomo-nos em comunicação direta com o próprio manancial da verdade que é Deus; em primeiro lugar, não usurpando os seus direitos sobre nós, depois, submetendo-nos à sua palavra reveladora, ao consentirmos em crer que os limites da nossa curta ciência não são os limites da verdade infinita. Enfim, pela mortificação da vontade, elevamo-nos à vontade divina; colocamo-nos de tal modo acima das contingências humanas que nada nos pode afetar e a própria morte se converte no caminho mais curto para a vida.” (A virilidade cristã, Stanislas Gillet).

Não se alcança nenhum objetivo na vida sem sacrifícios. Como diz o ditado inglês, “no pain, no gain”, sem sofrimento não há ganho. Quantas vezes nos abstemos de certas coisas para atingirmos objetivos mundanos, e na hora de combater para adquirir as virtudes cristãs, em nosso caso especialmente a castidade, nos entregamos a um desânimo imenso diante das renúncias que teremos de fazer? Ora, nosso ganho será o reino dos céus, a morada dos santos e de nosso Criador. Quão necessário é, assim, adquirir o espírito de mortificação de São João Batista, que bem sabia que sem penitência e sacrifício não é possível entrar no reino dos Céus. Sem mortificação, a castidade se torna quase que impossível, pois nossa carne nos pede constantemente para ser saciada.  A mortificação, como bem afirmado por Mons. Stanislas Gillet, é o meio de domarmos nossas potências, decaídas em decorrência do pecado original e que tendem, a todo momento, em querer se impor sobre nosso desejo de nos santificar e evitar o pecado.

Aprendendo com os exemplos que Nossa Mãe, a Santa Igreja Católica, nos apresenta através do calendário litúrgico, neste dia em especial com a comemoração da natividade de São João Batista, teremos força para ver as virtudes como possíveis e nossas metas como destinos certos através do amor à verdade e à mortificação.

São João Batista, rogai por nós!

Um comentário:

  1. Neste final de semana (em um retiro) tive a imensa surpresa e satisfação em conhecer a pastoral "Courage", pois diante de nossa realidade LGBT etc...nossa Igreja mostra seu posicionamento, eu é que não conhecia. Meu próprio padrinho de crisma é A.M.S. e vive a castidade e a santidade, mas eu achava que esse era um caso isolado...A característica A.M.S. se desenvolve na psiquê por meio de alguns fatos e maneiras de encará-los em nossa vida e, antes de qualquer julgamento devemos perguntar:"se fosse eu a passar por determinados dramas, conseguiria ser melhor?". Além do mais, vejo nessas pessoas verdadeiros Homens e Mulheres, pois vencem seus instintos e se Deus não os cura desse desejo diferente talvez seja para dizer que somos mais que instintos que guiam racionais e irracionais, somos espirituais e intelectuais. Muitos heterossexuais destroem o próximo e se destroem por se restringirem a ser apenas instintuais...enfim, meu profundo respeito e admiração a vocês que transcenderam. Como posso ajudar além de divulgar?

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